ÁREA RESTRITA

TESTES CLÍNICO E DE ENGENHARIA DEFINIRÃO PRODUÇÃO DE VENTILADOR PULMONAR DESENVOLVIDO POR VOLUNTÁRIOS, HG E TECNOUCS

Equipamento passou por primeira avaliação técnica no sábado e será encaminhado para verificação em laboratórios acreditados.

A coordenação do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul - TecnoUCS e a direção do Hospital Geral (HG) aguardam a aprovação em testes clínico e de engenharia do protótipo de ventilador pulmonar desenvolvido sob coordenação das duas instituições para buscar autorização para a produção em escala do equipamento. A intenção é disponibilizar equipamentos para hospitais de campanha que vierem a ser instalados na região para atendimento de pacientes da Covid-19. O modelo foi projetado por um grupo de empresas, engenheiros e técnicos voluntários de Caxias do Sul e cidades vizinhas sob a orientação da direção técnica do HG e gestão do TecnoUCS.

 

O grupo trabalha há duas semanas. Na última foram feitos aperfeiçoamentos em um protótipo funcional visando ao desempenho necessário para a ventilação de urgência em ambiente extra-hospitalar, o que foi testado no sábado, no HG, com o pareamento do modelo (batizado de Frank 5010) com um equipamento já existente no hospital. Agora, testes de engenharia no protótipo de produção (com as adequações feitas para ir à linha de montagem) serão feitos na segunda, dia 13, e terça, dia 14, em laboratórios acreditados do complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica (LABELO) da PUC-RS, em Porto Alegre.

 

Entre as verificações serão feitos testes de pressão, volume, frequência e ciclagem do equipamento, explica o coordenador-executivo do TecnoUCS, Enor Tonolli Jr. “É importante ressaltar que se trata de um equipamento hospitalar do qual se necessita máxima eficiência. Somente a partir de todas as devidas aprovações de funcionamento podemos pensar em produção”, observa.

 

Testagem clínica – Para a execução de testes clínicos (com pacientes), é necessária aprovação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), o que foi solicitado ainda na semana passada, com o envio dos descritivos técnicos e de finalidade do Frank 5010. “O protótipo funcionou bem no primeiro teste, mas precisamos de mais profundidade e seguir as etapas necessárias de avaliações para garantir a confiabilidade aos usuários. Além disso, por se tratar de um equipamento hospitalar, temos normas técnicas a seguir e autorizações legais a obter até se viabilizar a fabricação em série”, explica o diretor técnico do HG, Alexandre Avino. “Estamos confiantes em avançar com este projeto, mas não vamos precipitar o processo sem haver a funcionalidade, a segurança e as homologações exigidas”, frisa.

 

A autorização do Conep para testes clínicos independe dos testes de engenharia. Contudo, se não houver uma resposta da comissão ainda nesta semana e o equipamento for aprovado nas verificações nos laboratórios acreditados, o pedido ao órgão federal será reforçado com a anexação do laudo de resultados técnicos.

 

Cumprida a etapa de testagem e autorizações, a intenção é negociar com fornecedores para passar à produção industrial, com meta inicial de 100 unidades para atendimento de pacientes em hospitais de campanha e, em caso de necessidade extrema, em ambiente intra-hospitalar. A produção a seguir será definida conforme a demanda da rede de Saúde.

 

 

Para entrevistas oficiais em nome das instâncias da Universidade de Caxias do Sul e do Hospital Geral envolvidas no projeto contatar:

- 54. 9.9198-6283 - Enor Tonolli Jr., coordenador-executivo do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação - TecnoUCS

- 54.9.9974-4839 - Alexandre Avino, diretor técnico do Hospital Geral de Caxias do Sul